Fazer a gestão de pessoas em relação à manutenção da saúde de seu time pode ser tarefa delicada para os gestores. As doenças psicossociais trazem uma situação inquietante e a necessidade em integrar as diferentes dimensões da vida de cada funcionário com as entregas imperativas para a empresa. Fatores como carreira, família, interações sociais, aspecto espiritual e financeiro devem estar o máximo possível integrados e lembrados constantemente.
O gestor detentor de uma percepção apurada em relação ao comportamento da sua equipe, ganha tempo e recursos que auxiliam na busca de oportunidades de melhoria, tanto de time quanto de desempenho. Muitos são os sinais emitidos pelo funcionário como alertas de início da doença ou até da doença já instalada. Alterações excessivas na assiduidade, modificação de humor e de desempenho, reclamações frequentes por parte dos colegas, alterações na aparência, ocorrência de acidentes, são alguns indícios de que o funcionário deve ser observado mais atentamente.
Algumas ações eficientes que podem ser adotadas pelo gestor para ajudar o funcionário a reconhecer, aceitar e tratar sua doença podem ser:
- Demonstrar empatia e escutar atentamente o funcionário, tentando entender como ele se sente. Deve abrir um canal de escuta e apoio, demonstrando naturalidade e aceitação do problema alheio;
- Evitar cuidados exagerados com o funcionário para não desencadear sentimento de menos valia;
- Banir comentários que desqualifiquem o problema, do tipo “você nem parece deprimido” ou “ eu também fico ansioso certos dias”, pois comentários desse tipo frente a pessoa que está doente tende a deixá-la ainda pior e pode sugerir subestimação do seu problema;
- Evitar assumir as atividades do funcionário para não gerar dependência;
- e por fim, estimulá-lo a buscar ajuda e tratar de seu problema.
Outras alternativas que o gestor pode utilizar são estimular o funcionário a: fazer uma avaliação sobre sua atuação, em que possa perceber o que lhe traz prazer de desempenhar; restabelecer contatos profissionais que lhe oportunizem ideias positivas e maior energia; cuidar do seu estilo de vida associando trabalho e lazer e abandonando o lema eterno de “meu nome e minha vida é trabalho”; ficar atento aos sinais emitidos pelo seu corpo e contar com o apoio da família e dos amigos neste momento difícil.
Não menos importante é enfatizar que o ator de destaque na busca da saúde é o próprio funcionário, pois ele é o responsável pela manutenção de seu bem estar, podendo contar com a ajuda do gestor como o agente de motivação, que estará lhe acolhendo e oferecendo apoio.
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Por: Arlete Zagonel Galperin
Mestre em Organizações e Desenvolvimento (FAE); Pós-graduada em RH (PUC); Graduada em Psicologia (UTPR); Ex-diretora da ABRH-PR; Diretora/Consultora de RH da ZHZ Consultores em processos de assessment, Programas de desenvolvimento de lideres e equipes e orientação de mercado.