Gestão da mudança ou mudança de gestão?

Líderes podem ajudar  pessoas a serem melhores. Perceber seus pontos fortes e verificar competências que podem ser lapidadas e desenvolvidas para melhorar o desempenho do seu time e também elevar o nível de habilidade para a vida pessoal da pessoa. Nesta perspectiva,  é necessário evidenciar que a mudança possui ciclos ou etapas que devem ser respeitadas, trabalhadas e superadas com a ajuda do líder e com a aceitação e o  comprometimento de quem passa por ela. São quatro as etapas que são citadas por vários autores e profissionais experientes e que ajudam a entender como funciona a mudança.

A primeira etapa é a negação, uma vez que é  muito mais confortável manter o mesmo hábito e continuar na “zona de conforto”, sem necessidade de fazer um esforço extra para acomodar a mudança. Recusas, críticas e evitamento do assunto são características desta etapa.

A segunda é a resistência onde mesmo se percebendo a necessidade da mudança existe uma luta para derrubá-la. A pessoa demonstra raiva, se irrita e pode até ser agressiva com a situação e com as pessoas ao seu redor.

Já a exploração é a terceira etapa, onde se começa a perceber as vantagens da mudança e como ela pode ser benéfica não somente na vida profissional, mas também no aspecto pessoal. Percebe-se que poderá trazer novas ideias e oportunidades. Existe uma iniciativa da pessoa para gerar novas ideias e olhar um  futuro diferente, com descoberta de possibilidades favoráveis e sadias.

E a última etapa é a do comprometimento, onde existe um sentimento de responsabilidade para fazer a mudança se estabelecer e dar certo. É a sensação de realização, mais autoconfiança e um propósito compartilhado.

É importante ressaltar que as pessoas não reagem da mesma forma devido a experiências, percepções e sentimentos diferentes. Cada etapa deve ser acompanhada pelo líder de forma a  oferecer apoio de acordo com a necessidade de cada pessoa. O próprio líder deve ser o exemplo de fazer uma gestão apoiada no novo conceito de atuação, que é a educação continuada – Lifelong learning – onde a novidade é uma constância. Para isto ele deve estar aberto a novas aprendizagens, realinhando e mudando hábitos.

Enfim, para  uma  gestão da mudança  se faz necessário mudar a forma de pensar, atuar e gerir, e requer resiliência, disciplina  e  abertura ao novo. É um processo rico que agregará muitos ganhos profissionais e pessoais,  beneficiando uma carreira  mais saudável e uma vida com maior bem-estar.

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Por: Arlete Zagonel Galperin

Mestre em Organizações e Desenvolvimento (FAE); Pós-graduada em RH (PUC); Graduada em Psicologia (UTPR); Ex-diretora da ABRH-PR; Diretora/Consultora de RH da ZHZ Consultores em processos de assessment, Programas de desenvolvimento de lideres e equipes e orientação de mercado.