Trabalho em Equipe: Crescimento Pessoal e Profissional

Ao analisarmos o mercado é perceptível que há uma forte concorrência entre as empresas similares a nível mundial, uma vez que as fronteiras que protegiam os mercados foram caindo, possibilitando que a globalização agisse rapidamente em benefício dos consumidores com relação à qualidade e preço dos serviços e produtos oferecidos, uma vez que a comparação entre estes ficou mais fácil de ser feita.

A tecnologia dos equipamentos deixou de ser o diferencial competitivo entre as empresas, uma vez que o dinheiro pode comprá-la facilmente e estar disponível no mercado para quem desejar, seja através de bancos ou financeiras.

O grande investimento a ser considerado e que gera verdadeiramente um diferencial competitivo entre as empresas é a qualidade de sua mão de obra.

A experiência já absorvida pelo empregado, adicionado de um treinamento para deixá-lo mais capacitado, fazem a diferença em empresas que buscam pelos melhores talentos para alavancar seus negócios.

Devido a forte concorrência que percebemos atualmente no mercado a nível mundial, as empresas cada vez mais estão apostando no seu pessoal como fator de diferenciação para a competitividade.

Levando em consideração o conjunto de exigências do mercado, podemos destacar uma competência extremamente valorizada nos dias atuais que é o espírito de equipe.

Facilmente podemos nos enganar ao acreditarmos ser fácil fazer parte de uma equipe, posto que esta é uma situação difícil de ser atingida, pois exige além de auto-conhecimento, talento para respeitar as individualidades alheias de outros componentes da equipe.

Dentro de uma equipe de trabalho encontramos diversas pessoas que possuem histórias de vidas diferentes, cada uma com sua visão única do mundo, qualidades e limitações. Como fazer para respeitar cada uma e procurar potencializar estas diferenças? Devemos ampliar nossa percepção para estar abertos e observar atentamente o mundo do outro, deixando de lado os preconceitos e julgamentos indeferidos.

O estabelecimento de uma relação de confiança, juntamente com o oferecimento e recepção de um feedback adequado também contribuem para facilitar a aproximação entre as pessoas. E por fim, entender o processo de relacionamento como fonte de aprendizagem, pois o processo que se institui nas interações oferece oportunidades e não ameaças. Esta aprendizagem convém para a vida pessoal das pessoas, que levam para o seu dia-a-dia lições de seus colegas de trabalho, desenvolvendo seu lado pessoal e espiritual através do convívio saudável, do senso de cooperação, da compreensão pelo outro como um ser humano que sente e que gosta de ser valorizado.

A compreensão das diferenças dos talentos humanos propicia trocas, onde cada pessoa busca na outra o seu lado indefeso e inexperiente. Imaginem se dentro de uma equipe todos pudessem trocar suas habilidades e completassem ou desenvolvessem seus talentos para atuar na sua área de negócio?

O que se está percebendo dentro de certas equipes é um amadurecimento que leva a conscientização de que a competição desenfreada e sem objetivos de motivação, bem como a busca pelo poder que se transforma em status e a tarefa individualizada, encontram-se em declínio.

Sempre estaremos evoluindo em tecnologia e geração de conhecimentos, mas atrás deste cenário encontraremos um ser humano que para ser produtivo e saudável deverá estar coeso e integrado com a equipe e o meio que atua.

 

Por: Arlete Zagonel Galperin

Mestre em Organizações e Desenvolvimento (FAE); Pós-graduada em RH (PUC); Graduada em Psicologia (UTPR); Diretora da ABRH-PR; Diretora/Consultora de RH da ZHZ Consultores em processos de assessment, Programas de desenvolvimento de lideres e equipes e orientação de mercado.