A cada final de ano a tradição de fazer uma retrospectiva dos 365 dias que passaram, com a finalidade de olhar os objetivos realizados e metas que não foram possíveis de serem cumpridas, traz alegrias e frustrações. Alegrias quando existiu a concretização do que pensamos e pudemos implementar e frustrações ao concluirmos que muitas das metas não puderam ser realizadas e que será necessário resgatá-las e colocar na cesta do novo ano, e muitas vezes curtindo a sensação de “não fui capaz”, “sou incompetente” ou” mais um ano que não consigo”.
O que se precisa considerar diante desta realidade é que qualquer meta, desde fazer um novo curso, mudar de cidade, procurar um emprego mais satisfatório e rentável e por aí a fora, vai depender de uma relação estreita entre o esforço e o tempo pessoal necessário para sua concretização (cada pessoa possui um ritmo, uma maneira de agir e deve considerar este aspecto), e os movimentos e mudanças do mundo.
Por isto, muitas pessoas se perguntam qual o motivo que há anos mantém este hábito, se o mundo está em constante mudança, e o que vale hoje pode não funcionar amanhã. Portanto, será que as metas não deveriam ser estabelecidas durante o decorrer do ano, sem o compromisso e quase a obrigação social de pensar neste assunto na virada do ano?
Com certeza as evidências sugerem que diante de um mundo que a cada momento se renova, não podemos planejar e elaborar metas engessadas, pois certamente estaremos fadados a fracassar em nossa vida pessoal e profissional. Metas devem ser revistas com frequência e adequadas na medida da necessidade. Temos de estar atentos a mudanças e sermos resilientes, realinhando nossos planos e metas continuamente.
Muitas são as vantagens em estabelecer objetivos e metas na sua vida pessoal e profissional, sem se ater em qual o melhor momento, pois:
- Planejar e organizar nossas rotinas com foco em objetivos e metas nos auxilia a administrar nosso tempo, nos tornando mais eficazes;
- Administrar mudanças e estabelecer novos planos de tempos em tempos nos abre uma infinidade de oportunidades;
- Colocar limites em nossas ideias futurísticas, nos ajudam a implementar objetivos possíveis de serem finalizados;
- Verificar a cada período se o tempo estabelecido foi suficiente ou deve ser dilatado para melhor resultado, nos traz tranquilidade e menos cobrança de perfeição.
Mediante esta reflexão, podemos estabelecer as estratégias para manter o equilíbrio de nossos objetivos e metas de forma inteligente e versátil, conquistando autonomia, tranquilidade emocional e uma vida mais fluida e repleta de realizações.
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Por: Arlete Zagonel Galperin
Mestre em Organizações e Desenvolvimento (FAE); Pós-graduada em RH (PUC); Graduada em Psicologia (UTPR); Diretora da ABRH-PR; Diretora/Consultora de RH da ZHZ Consultores em processos de assessment, Programas de desenvolvimento de lideres e equipes e orientação de mercado.